estudando no Grupo de Estudos Literários (GELIT), com a professora/orientadora Cecilia
Falar de uma cultural diferente da qual estamos vivendo é muito difícil. Principalmente quando estamos falando de algo tão bárbaro e cruel que é a incisão feminina. Ao ler este capitulo onde uma maliana depõe sobre o ato de excisão algo tão comum em seu país, porém, que causa enorme dor principalmente, em suas compatriotas.
Aissata ao relembrar seu casamento, pode-se perceber o quanto à circuncisão lhe trouxe traumas, aos quais a levou a um isolamento e humilhação diante de um novo modo de vida que era o francês. Para ela o fato de não conhecer seu corpo a fazia diferente das outras mulheres. Com a separação surge uma perspectiva de uma nova vida. Ao retornar para o Mali, deparou-se com a rejeição de seus familiares, por ser uma mulher separada, mais um ato cruel, preconceituoso, e repugnante. Para alguns africanos a mulher não pode sentir prazer, como foi relatado no depoimento, uma mulher que tem domínio sobre si pode ser considerada um animal, como vi no livro uma “cadela”.
Mesmo buscando ajuda através de Ong’s como a GAMS, para Aissata é muito difícil aceitar o fato de não poder sentir seu corpo. Isto é bem claro quando mesmo relatando sua história pede o anonimato, para que ninguém a reconheça. Também fica visível que ela é uma mulher corajosa, pois enfrentou toda uma sociedade, em prol a uma causa tão nobre.
Ao refletir sobre esse tipo de cultura, penso que nem tudo é justificável, pois ao mutilar uma mulher, estão colocando a vida em último plano. Porque não se tira apenas um pedaço do corpo, mas também da alma, da alegria e do prazer de viver. E que nem todas terão a mesma sorte de Aissata de ter seu corpo reencontrado.
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